Ceará
O Ceará é uma das 27 unidades federativas do Brasil.
Está situado na Região Nordeste e tem por limites o Oceano Atlântico a norte e nordeste, Rio Grande do Norte e Paraíba a leste,Pernambuco a sul e Piauí a oeste.
Sua área total é de 146.348,30 km²,[6] ou 9,37% da área do Nordeste e 1,7% da
superfície do Brasil. A população do estado estimada para o ano de 2008 foi de
8.450.527 habitantes, conferindo ao território a oitava colocação entre as
unidades federativas mais populosas.
A capital e maior cidade é Fortaleza,
sede da Região Metropolitana de
Fortaleza (RMF). Outras
cidades importantes fora da RMF são: Juazeiro do Norte e Crato na Região Metropolitana do
Cariri, Sobral na região noroeste, Itapipoca na região norte, Iguatu na região centro-sul e Quixadá no sertão[7] Na RMF, cidades importantes como Eusébio, Horizonte, Maranguape, Maracanaúe São Gonçalo do Amarante,
sede do Porto do Pecém, incrementam o PIB cearense. Ao todo são 184 municípios.
É atualmente o décimo
segundo estado mais rico do país,
sendo o terceiro mais rico do Nordeste. A capital, Fortaleza,
tem o segundo maior PIB do Nordeste, e o 10º maior do país. Abriga o maior
parque aquático da América Latina, o Beach Park, na praia do Porto das Dunas, que recebe cerca de 1 milhão de
visitantes por ano. O estado também abriga o quarto maior estádio de futebol do Brasil, o Estádio Governador Plácido
Castelo (Castelão), que tem capacidade para 67.000 pessoas.
O Ceará detém o terceiro melhor serviço de coleta de esgoto do Norte, Nordeste e
Sul brasileiro segundo o IBGE, e apresenta a melhor
qualidade de vida do Norte-Nordeste segundo aFIRJAN.[8]
O estado é conhecido nacionalmente pela beleza de seu litoral, pela religiosidade popular e pela imagem de berço de talentos
humorísticos. A jangada,
ainda comum ao longo da costa, é considerada um dos maiores símbolos do povo e
da cultura cearenses. O Ceará concentra 85% de toda caatinga do Brasil. Terra de Rachel de Queiroz, Patativa do Assaré e José de Alencar, o Ceará também descobriu os maiores
humoristas do país como Renato Aragão e Chico Anysio; além do cearense do século, Padre Cícero[9];
e atores famosos como José Wilker, Gero Camilo eLuiza Tomé.
O Ceará é conhecido como "Terra da Luz", numa referência
à grande quantidade de dias ensolarados, mas que também remonta ao fato de o
estado ter sido o primeiro da federação a abolir a escravidão, em 1884, quatro anos antes da Lei Áurea. Por esse fato, o jornalista José do Patrocínio considerou o estado como "a terra da
luz".[10]
História
Os fatos históricos sobre o
território cearense, provavelmente começaram a ser registrados na história
moderna a partir do Século XVI. Os primeiros registros descrevem essa região do
Brasil, já habitadas por diversos etnias indígenas, que viviam da extração de
recursos naturais, pesca, agricultura e comércio com povos europeus.
A formação histórica do atual Ceará é o resultado de diversos
fatores sociais, econômicos e de adaptação ao solo e natureza, tais como: a
interação entre os povos nativos, os europeus e os africanos; a interação
desses povos envolvidos (índios, europeus e africanos) com o fenômeno da seca.
O desenvolvimento independente do
Ceará aconteceu apenas depois de sua desagregação de Pernambuco em 1799,[12] e sua
história foi marcada por lutas políticas e movimentos armados. Essa
instabilidade se prolongou durante o Império e a Primeira República,
normalizando-se depois da reconstitucionalização do País em 1945.
Geografia
O Ceará é cercado por formações
de relevo relativamente altas: chapadas e cuestas:
a oeste é delimitado pela Serra da Ibiapaba; a leste, parcialmente; pela Chapada do Apodi; ao sul pela Chapada do Araripe;
e ao Norte pelo Oceano Atlântico.
Daí o nome de Depressão Sertaneja à área central.[66]
O estado está no domínio da caatinga,
com período chuvoso restrito a cerca de quatro meses do ano e alta
biodiversidade adaptada.[67] A sazonalidade característica desse bioma se reflete em uma faunae flora adaptadas às condições semi-áridas.
Consequentemente, há grande número de espécies endêmicas,[68] sobretudo nos brejos e serras, isolados pela
caatinga e refúgios da flora e fauna de matas tropicais úmidas.[69] Na Serra de Baturité, por exemplo, 10% das
espécies de aves são endêmicas.[70] O soldadinho-do-araripe foi descoberto em 1996 na Chapada do Araripe e só é encontrado nessa região. Dentre as
aves, são ainda característicos o uirapuru-laranja e a jandaia.
Destacam-se, na flora cearense, a carnaúba, considerada um dos símbolos do estado e
também importante fonte econômica e a zephyranthes sylvestris,[71] flor original do habitat cearense.
As regiões mais áridas se situam na Depressão Sertaneja, a oeste e
sudeste. Próximo ao litoral, a influência dos ventos alísios propicia um clima
subúmido, onde surge vegetação mais densa, com forte presença de carnaubais, os quais caracterizam trechos de mata dos cocais. O clima também se torna subúmido,
com caatinga mais densa e maior pluviosidade, nas adjacências das chapadas e
serras.[72]
Enquanto as
chapadas e cuestas são de origem sedimentar, as serras e os inselbergs que abundam em meio à Depressão
Sertaneja são de formação cristalina. Dentre os relevos sedimentares, apenas a
Chapada do Araripe (com altitudes que vão de 700 m até mais de 900 m) e a Serra
da Ibiapaba (com altitude média de 750 m) possuem altura suficiente para
permitir a ocorrência freqüente de chuvas orográficas, o
que lhes confere maior pluviosidade. As pluviosidades, bem mais intensas do que
na Depressão Sertaneja, variam de 1000 mm a mais de 2000 mm anuais.[73] Por outro lado, a altitude na Chapada do Apodi não ultrapassa os 300 m, de modo que as
características semi-áridas ainda predominam nela. Dentre as serras de origem
cristalina, as que têm de 600m a 800m de altitude média (caso do Maciço de Baturité,
da Serra da Meruoca e da Serra de Uruburetama)
também são favorecidas pelas chuvas orográficas, surgindo aí vegetação tropical
densa, chuvas mais frequentes e maior umidade, em especial na sua vertente de barlavento. Em Catunda, na Serra das Matas, encontra-se o ponto mais elevado do
estado, o Pico da
Serra Branca, com 1.154 metros.[74] Nas serras pouco elevadas, surge vegetação
semelhante às das vertentes de sotavento das serras úmidas, isto é, uma
vegetação similar à caatinga mas bastante mais densa e com distinções na fauna
e flora, conhecida como mata seca.
Existe ainda o carrasco, vegetação xerófila peculiar, que surge no reverso da Chapada da Ibiapaba e do Araripe, áreas
mais secas, caracterizando-se por uma flora arbustiva e arbórea
predominantemente lenhosa, ao contrário da caatinga.
O carrasco distingue-se ainda da caatinga pela quase inexistência de cactos ebromeliáceas. Alguns se referem a essa vegetação como
uma espécie de transição entre o cerrado,
a floresta tropical e a caatinga.[75]
Hidrografia
O território cearense é dividido
em sete bacias hidrográficas sendo a maior delas a do rio Jaguaribe. Sua bacia hidrográfica compreende mais de
50% do estado. O rio tem 610 km de extensão. Os dois maiores reservatórios
de água do Ceará são barragens que represam o Jaguaribe: Açude Orós e Açude Castanhão com as respectivas capacidades de
armazenamento 2,1 e 6,7 bilhões de metros cúbicos. Os afluentes mais
importantes do rio Jaguaribe são os rios Salgado e Banabuiú.[76]
As outras bacias são: do rio Acaraú com um
dos maiores reservatórios do estado, o açude Araras com
capacidade para um bilhão de metros cúbicos;[77] do rio Coreaú; do rio Curu;
do litoral, que drena boa parte do litoral norte oeste onde os principais rios
são Aracatiaçu, Aracatimirim, Mundaú e Trairi; na
região metropolitana onde os principais rios são Ceará, Cocó, Pacoti e Choró; e parte da bacia do rio Parnaíba.[78]
O estado encontra-se com 92,99% de seu território dentro do polígono das secas,
segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[79]
Litoral
No litoral, que se
estende por 573 km, predominam os mangues e restingas,
vegetação litorânea típica, além de áreas sem vegetação recobertas por dunas.[80]Mesmo
com altitudes muito pouco elevadas, as pluviosidades e a umidade são maiores
que na Depressão Sertaneja. As temperaturas médias variam de 22 °C a
32 °C. A planície litorânea possui geografia diversificada, o que faz com
que o estado possua praias com coqueirais, dunas, barreiras (também chamadas falésias por
muitos) - paredões sedimentares que acompanham a faixa da costa e, em alguns
trechos, possuem tons coloridos - e áreas alagadas de manguezal, onde há grande
biodiversidade.
As praias mais famosas do Ceará são: a Praia de Jericoacoara,
a Praia de Canoa Quebrada e a Praia de Porto das Dunas,
dentre outras, as quais se destacam por alcançar fama internacional.
Regionalmente, outras praias destacadas são: a Praia das Fontes, Morro Branco,
Icaraí, Presídio, Baleia, Flecheiras, Cumbuco e Lagoinha. O litoral cearense é
atravessado por duas rodovias, a Costa do Sol Nascente e a Costa do Sol Poente,
que, a partir de Fortaleza, direcionam-se para o litoral leste e oeste,
respectivamente.[81]
Proteção ao meio ambiente
No Ceará existem dois parques nacionais. O Parque Nacional de Ubajara criado em 30 de abril de 1959 e até
recentemente era o menor parque em área, com 563 ha, passando a ter atualmente
6.299 ha. Abriga em seu interior a Gruta de Ubajara e um bonde de acesso à gruta, sua maior atração.
O segundo é o Parque Nacional de Jericoacoara, criado em 2002 para
preservar as praias e dunas da região, cujo principal atrativo é a Pedra furada. Outras áreas de preservação ambiental
importantes são as florestas nacionaisdo Araripe (a
primeira Floresta Nacional do Brasil, estabelecida em 1946) e de Sobral. Existe, ainda, a Área de Proteção Ambiental da
Chapada do Araripe, com 10.000 km², que se estende por 38 municípios do
Ceará, Pernambuco e Piauí.[82]
O Governo do Ceará mantém 13 áreas de conservação.
O Parque Ecológico do Cocó e o Parque
Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio são os únicosparques estaduais do Ceará, sendo o Parque do Cocó o primeiro a
ser criado, em 1989, dentro da área urbana de Fortaleza, abrigando o bioma de
mangue. Em todo o Ceará existem 58 áreas de proteção ambiental sendo 20 estaduais, 11 federais, 13
municipais e 14 particulares.[83]
Os ecossistemas do Estado estão profundamente danificados e muito
pouco preservados.[84] As regiões de floresta tropical e cerrado,
nas serras e chapadas de elevada altitude, possuem grande concentração demográfica,
intenso uso para fins agropecuários e, comparativamente, pouca preservação e
fiscalização ambiental. Os crimes ambientais são praticados constantemente em
áreas como a APA Araripe - sobretudo as queimadas e retirada de lenha - e não
podem ser reprimidos devido ao parco efetivo de fiscais, dentre outros motivos.[85] Atualmente a mata atlântica ocupa apenas 1,2% do território do Estado,
tendo sido bem mais extensa no passado, mas 44% do restante está em áreas de
preservação, o que, porém, não tem garantido sua total conservação.[86]
Em situação ainda mais grave está a extensa caatinga cearense, que conta com uma ínfimos 0,45% de
preservação, embora represente, em suas variadas formas, 92% do território estadual.[87] 80% da caatinga cearense está devastada,[88] e muitas das áreas restantes, apesar de
aparentemente conservadas, não passam de formas vegetais secundárias menos
ricas e alteradas pela substituição de espécies vegetais, o que acarreta graves
prejuízos para o solo e os já escassos recursos hídricos. A desertificação avança no Estado e atinge níveis
preocupantes, sobretudo em Irauçuba.[89]
Secas
O clima do Ceará é marcado pela aridez. As secas são periódicas,
e, desde que a ocupação territorial foi consolidada, a população tenta resolver
o problema da escassez de água. A Seca de 1606 foi a
primeira a marcar a história da ocupação do território. Outras secas
importantes foram as registradas em 1777 e 1778,
responsáveis pelo enfraquecimento da indústria das charqueadas, que teve seu
golpe final no período de grandes secas entre 1790 e 1794.[95]
Durante as décadas seguintes, até 1877, o Ceará viveu relativa tranquilidade, sem
estiagem, até que naquele ano e nos dois seguintes uma grande seca prejudicou
fortemente a agropecuária no estado.[96]No
início dessa, o senador Tomás Pompeu de Sousa
Brasil publicou
o primeiro livro sobre esse problema climático, intitulado "O clima e
secas no Ceará". Nessa época foi iniciada a construção do Açude do Cedro, em Quixadá, como medida para minimizar a falta de água,
mas a obra só foi finalizada na Primeira República.
No começo do século XX foi criada a "Inspetoria de Obras
Contra as Secas" que mais tarde passaria a ser o Departamento
Nacional de Obras Contra a Seca, com sede em Fortaleza para realizar
estudos, planejamentos e obras contra as estiagens, em 1909.[97] Várias barragens foram construídas em todos
os estados do Nordeste. Na década de 1930,
foi criado o Polígono das secas:
quase a totalidade do território cearense está inserido nele.
Atualmente existem muitos órgãos do governo cearense voltados para
a problemática do clima. A Companhia
de Gestão dos Recursos Hídricos juntamente com a Superintendência de Obras
Hidráulicassão os órgãos que fazem a gerência de várias barragens e
o planejamento de adutoras e canais. A Fundação Cearense de
Meteorologia é a
responsável pelo monitoramento climático. Finalmente o órgão central é a Secretaria dos Recursos
Hídricos que faz
toda a estruturação de metas e planos para combater a seca no Ceará.[98]
Demografia
O povo cearense foi formado pela
miscigenação de indígenas catequizados e aculturados após longa resistência,
colonizadores europeus e negros que viviam como trabalhadores livres ou
escravos.[100] O povoamento do território foi
bastante influenciado pelo fenômeno natural da seca.
Segundo estimativas do IBGE (2008), a população cearense é de
aproximadamente 8.450.527 habitantes, o que confere ao estado uma densidade de
56,78 hab./km².[2] Há
forte concentração populacional namicrorregião de Fortaleza (que inclui municípios da Região
Metropolitana de Fortaleza), com 3.255.701 habitantes; na do Cariri, com
519.055 habitantes; e na de Pacajus, com
98.390 habitantes. Somadas, possuem 7.875,767 km² (5,3% do total) e
3.873.146 habitantes (46% do total) o que lhes confere uma densidade
populacional de 491,78 hab./km².[2]
As cidades mais povoadas do Estado estão nessas regiões: Fortaleza
(8.001,4 hab./km²), Maracanaú (1.908,2), Juazeiro do Norte (1.005,1) e Pacatuba (542,5), respectivamente.[101] Entre
1998 e 2008, persistiu a concentração da população na Região Metropolitana de
Fortaleza, que cresce a ritmo mais acelerado que a média estadual
(1,75% contra 1,25%, respectivamente).[102]
A transição demográfica tem ocorrido rapidamente no estado: a
taxa de natalidade, que nos anos 1970 era bastante alta, caiu para 17,96‰ em
2008, e a taxa de mortalidade nesse ano estava em 6,41‰. A taxa de fecundidade
em 2009 foi de 2,15 filhos por mulher, ligeiramente acima da taxa de reposição
da população, o que representou um aumento em relação a 2008, fazendo o Ceará
apresentar uma taxa superior à média nordestina.[4] A
taxa de crescimento demográfico caiu de uma média de 2,6% na década de
1950 para 1,73% durante os anos 1990. Com a transição demográfica em curso, a
proporção de idosos no conjunto da população aumentou de 2,4% em 1950 para
6,72% em 2004, e já em 2009 10,5% dos cearenses possuíam 60 anos ou mais.[4] Em
sentido contrário, os jovens de 0-14 anos passaram de 45,7% em 1950 para 28,9% em 2006.[103]
Subdivisões
O Ceará surgiu como unidade
administrativa em 1799 com quatorze municípios, sendo o mais antigo, Aquiraz, fundado
em 1699, e o último desse período foi Guaraciaba do Norte criado em 1791.[125] Com a Independência do Brasil as províncias
foram organizadas em 1823 e nesse ano o território já estava dividido em
mais quatro cidades. Durante todo o período imperial do Brasil foram criadas
mais 44 cidades desmembrando-se vilas das já então existentes. Em pouco mais de
um século o estado passou de 62 para 184 município que, a partir da
constituição de 1988, passaram a serem unidades constitutivas da união em
patamar igual aos estados.
O Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística dividiu o território cearense em sete mesorregiões e estas
em 33 microrregiões constituindo-se basicamente em divisões
estatísticas. O Governo do Ceará dividiu o estado em oito macrorregiões de
desenvolvimento e em vinte regiões administrativas.[126]
Existem ainda duas regiões metropolitanas no estado: a Região Metropolitana do
Cariri (RMC) e a
de Fortaleza (RMF). A primeira foi criada pela Lei
Complementar Estadual nº 78, sancionada pelo governador Cid Gomes em
29 de junho de 2009 e é formada por nove municípios do sul cearense: Barbalha, Caririaçu, Crato, Farias Brito, Jardim, Juazeiro do Norte, Missão Velha e Santana do Cariri.[127] Já a
Região Metropolitana de Fortaleza, onde se localiza a capital, foi criada pela Lei
Complementar Federal nº 14, de 8 de junho de 1973, que instituía,
também, outras regiões metropolitanas no país; inicialmente, a região
metropolitana era formada por apenas cinco municípios: Fortaleza, Caucaia, Maranguape, Pacatuba e Aquiraz,
sendo, posteriormente, adicionado os municípios de Maracanaú (1983); Eusébio (1987); Itaitinga e Guaiuba (1992); Chorozinho, Pacajus, Horizonte e São Gonçalo do Amarante (1992) e Pindoretama e Cascavel (2009).[127]
Ligações externas
§ Governo do Ceará (em português)
§ cearaweb.tv (em português)
§ Diário Oficial
do Ceará (em português)
§ Diário Oficial
do Ceará (em português)
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